Alcoolico Vício
Só um gole,
Por favor, um gole...
A garganta seca
A cabeça vazia,
Preciso beber algo.
O vício me consome.
Tudo que tenho
Se dilui em cada copo.
A satisfação
Do prazer alcoolizado
Torna-se razão e sentido
Para uma vida destinada
À repugnante garrafa.
Nas madrugadas,
Nas ruas, num bar,
Vejo o vômito aguado
De meu sustento
Esvair-se de meus bolsos
Para saciar
O enfermo desejo
De mais um gole.
A bandonado pela morte,
Busco companhia
Nos uísques baratos
Que perpetuam a ansiedade
Por mais um gole...
Só um gole,
Por favor, um gole...