Alcoolico Vício

Só um gole,

Por favor, um gole...

A garganta seca

A cabeça vazia,

Preciso beber algo.

O vício me consome.

Tudo que tenho

Se dilui em cada copo.

A satisfação

Do prazer alcoolizado

Torna-se razão e sentido

Para uma vida destinada

À repugnante garrafa.

Nas madrugadas,

Nas ruas, num bar,

Vejo o vômito aguado

De meu sustento

Esvair-se de meus bolsos

Para saciar

O enfermo desejo

De mais um gole.

A bandonado pela morte,

Busco companhia

Nos uísques baratos

Que perpetuam a ansiedade

Por mais um gole...

Só um gole,

Por favor, um gole...

Antonio Antunes
Enviado por Antonio Antunes em 10/10/2006
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