Sem sono

Não consigo dormir, Romeu

Não consigo te deixar em paz

Já contei mil vezes os carneirinhos

pulando e re-pulando aquela maldita cerca

Já me contei estórias tediosas

Mas o sono se foi nessa guerra

Agora estou aqui,

escrevendo pra você Romeu.

Minha última esperança

é falar dessa insônia

dessa desordem natural

Não consigo fechar os olhos,

sem sentir medo de te perder

sem acreditar que você vai morrer

que as portas vão se fechar

que o veneno é fatal

que isso é reduntante

que a Julieta se vai também

que há jacarés,

e vampiros e caixões.

Romeu, me deixe em paz

quero meu sono de volta

minha paz restaurada

quero minha consciência limpa

quero viver longe de você!

Jule Santos
Enviado por Jule Santos em 08/12/2010
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