ABRAÇO!

Abraço!

O perfume da noite já chegava até a janela,

Umidificado pela brisa que vinha do mar,

As sombras dos carvalhos se deitavam nas pedras,

Caminho que eu cruzava agora a pés descalços,

As corujas douradas já saiam em vôo solo,

A praia nesta hora era como um deserto,

Com a diferença de que bebia as ondas do mar,

Sentei-me rente ao ultimo raio de sol daquele dia,

Sentindo no corpo o frescor da bruma errante,

Tinha os olhos fincados nos limites do oceano,

E o coração acelerado como os moinhos da baia,

Nessa hora a ilha era para mim uma prisão,

De paraíso passara a ser minha masmorra,

Desde que me prometestes e nunca cumpristes,

Vir a mim e pernoitar em meus abraços!

Santaroza