Chega-se toda dengosa,
Como bichinho enjeitado
Deita-se toda chorosa,
Encolhe-se toda ao meu lado.

Olha-me com olhos gulosos,
Parece pedindo perdão.
E eu te aceito jeitosa,
Dentro do meu coração.

Chega-se do vento leste,
Quente com o sol de verão
A rede balança lenta,
Na batida do meu coração.

Assim, passo as tardes,
Dolentes, no meu rincão.
Assim eu espanto a saudade,
De que, eu não sei,
Não sei, não sei não...

Humberto Bley Menezes
Enviado por Humberto Bley Menezes em 22/10/2006
Reeditado em 23/10/2006
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