ABOMINÁVEL HOMEM
O homem urbano no seu mais novo terno,
No seu novo sapato, com seu carro do "ano",
Continua o mesmo dentro do sistema, preso às
Suas idéias egoístas e sem funções.
O homem urbano acompanha o seu jornal
Predileto, logo após vai dormir, para acordar
Cedo e ir para o seu pequeno palácio...
Um escritório cercado de mesas, máquinas e
Bonecos, onde ele se sente o Rei comandando
Seus súditos, ordenando aos seus servos.
O homem urbano não sabe que o tempo
Não para, passa e não espera, que a vida
Perde o sentido, quando seus atos, sua voz,
Sua luta, seu dia-a-dia não faz sentido.
O homem urbano se perde diante de papéis
E não se acha diante do espelho. que apenas
Reflete o homem frio, gerado por regras, leis e
Ordens; reflete um homem carente de
Sentimentos, amigos, paz, amor e sol...
Um verdadeiro homem urbano,
Um abominável homem urbano...
(alguns escritos já são antigos, porém atuais...)