ABOMINÁVEL HOMEM

O homem urbano no seu mais novo terno,

No seu novo sapato, com seu carro do "ano",

Continua o mesmo dentro do sistema, preso às

Suas idéias egoístas e sem funções.

O homem urbano acompanha o seu jornal

Predileto, logo após vai dormir, para acordar

Cedo e ir para o seu pequeno palácio...

Um escritório cercado de mesas, máquinas e

Bonecos, onde ele se sente o Rei comandando

Seus súditos, ordenando aos seus servos.

O homem urbano não sabe que o tempo

Não para, passa e não espera, que a vida

Perde o sentido, quando seus atos, sua voz,

Sua luta, seu dia-a-dia não faz sentido.

O homem urbano se perde diante de papéis

E não se acha diante do espelho. que apenas

Reflete o homem frio, gerado por regras, leis e

Ordens; reflete um homem carente de

Sentimentos, amigos, paz, amor e sol...

Um verdadeiro homem urbano,

Um abominável homem urbano...

(alguns escritos já são antigos, porém atuais...)

RAMOS
Enviado por RAMOS em 23/06/2005
Código do texto: T27149