se fosse o dono do festim...

...num outro mundo, nesse onde os imaginários uivam, assinas a vitória como se a noite perdida fosse o desejo que faz história no desnudo sombrio...

...se fosse dono do festim, enfeitava o vazio de nenufares e atrelava o prazer às palavras segredadas...

...como se a noite cadente parisse o dia no segredos dos anjos e estes afogassem a máscara da pureza falseada...

...depois, talvez cantasse as palavras póstumas na melodia dos olhos dispersos que olham e procuram as dedadas deixadas na batalha do sexo...

...então, cederia beijos aos espasmos ventriloquos onde finjo o adolescente que os anos desaparecidos roubaram...

...bem no centro da ideia, umbigo de qualquer texto, deixaria cravado um afecto, para que se retrospectivasse o eden colorido da inconclusa fantasia...

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À Silvia