Não creio na bondade
Não conheces o coração da maldade
Ele se veste em mil faces
Tem relevos de cara metade
Mora na ode das frases
Não conheces minha cara
O coração endurecido e sem crença
Que se cria na face bondosa
Semeando desavença
Em acordes de fala melodiosa
Eu não creio na bondade
Não respiro mais as dores alheias
Experimentei já toda maldade
Me prendi em muitas teias
Ah! Minha cara não creio na bondade
Ela me surpreendeu nas esquinas da vida
Quando eu amargava a ansiedade
Dançando na pista da sobrevida
A mão que te afaga é a mesma cruel
Que te esbofeteia no chão
E te serve a taça de fel
Quando rasgas o coração
Ah! Não sabes que o socorro
Nunca vem de onde esperas
A bondade é como água...não sobe o morro
Morre nas querelas...