O fruto do girassol

Quem se aventurou reprimir o fruto do girassol

Amadurecido ocultou-o sob o manto da terra esquecida,

Acoimada pelo calor do sol ardente e impiedoso

Agora deverá estar vivo, logo não sentirá a dor

No isolamento do ceticismo?

Inclino de joelho e permito que o pranto

Role, fartamente, sobre a terra informe

Que o contrafaz. Ah, que maravilha seria

Se meu pranto alagasse esse chão

E fertilizasse a semente da esperança

Carente de renovação! A progênie marca do chão.

Onde formiga a brutalidade e o horror

Que aterrorizam vida e emoção.

Precisa-se de esperança todo este mundo,

Como fonte de energia e alento

Mostrando-lhe a decadência do amor.

Abrem-se horizontes clarificados de folia

A semente nasceu e vai crescer,

Por Deus abençoada todos os dias!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/10/2006
Reeditado em 29/10/2006
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