O fruto do girassol
Quem se aventurou reprimir o fruto do girassol
Amadurecido ocultou-o sob o manto da terra esquecida,
Acoimada pelo calor do sol ardente e impiedoso
Agora deverá estar vivo, logo não sentirá a dor
No isolamento do ceticismo?
Inclino de joelho e permito que o pranto
Role, fartamente, sobre a terra informe
Que o contrafaz. Ah, que maravilha seria
Se meu pranto alagasse esse chão
E fertilizasse a semente da esperança
Carente de renovação! A progênie marca do chão.
Onde formiga a brutalidade e o horror
Que aterrorizam vida e emoção.
Precisa-se de esperança todo este mundo,
Como fonte de energia e alento
Mostrando-lhe a decadência do amor.
Abrem-se horizontes clarificados de folia
A semente nasceu e vai crescer,
Por Deus abençoada todos os dias!