INQUIETUDE
Olho em volta de mim. Não sei que mais
me faz estremecer, se os violoncelos
remoendo os antigos pesadelos,
se a brisa a dedilhar os canaviais.
Cerro os olhos em vão, porque são tais
os tormentos e eu sinto sobre a pele os
dedos gelados, hirtos, amarelos,
dum corpo abandonado aos vendavais.
E já não sei se é que me afundo ou nado
neste mar de terrores sem fronteiras
que me afogam os sonhos de criança.
Mas não desisto, não! Mesmo a meu lado
vejo erguerem-se mãos, como bandeiras,
desfraldando os farrapos duma esperança,
Olho em volta de mim. Não sei que mais
me faz estremecer, se os violoncelos
remoendo os antigos pesadelos,
se a brisa a dedilhar os canaviais.
Cerro os olhos em vão, porque são tais
os tormentos e eu sinto sobre a pele os
dedos gelados, hirtos, amarelos,
dum corpo abandonado aos vendavais.
E já não sei se é que me afundo ou nado
neste mar de terrores sem fronteiras
que me afogam os sonhos de criança.
Mas não desisto, não! Mesmo a meu lado
vejo erguerem-se mãos, como bandeiras,
desfraldando os farrapos duma esperança,