Vagar
Minha sombra inerme vagueia
Pelo hostil vale das ilusões perdidas
Por onde minha súplica serpenteia
Na pauta da canções esquecidas
Minhas mãos tangem insinuantes
Melodias que foram tão nossas
E que ainda ecoam incessantes
Qual juras dolentes amorosas
Quebro enfim o jejum de saudade
Brincando com as lembranças
Que pranteiam na minha ansiedade
Lágrimas que ainda são crianças
Transbordantes na liberdade
Onde passeiam essas andanças