S E A H A W K
Esse mar revolto não segura
As asas dessa emoção
Rugem as turbinas
Em direção dos teus céus
Rugem os motores
Rasgam em si teus véus
A batalha urdida dos senhores
Tem por comando um coração
Decola pelo espelho dessas águas
Riscando a superfície em lanhos
Sangrando pelo espaço em fráguas
Ou singrando meus mares ganhos
Num átimo de segundos
Alça vôo rumo ao infinito
Deixando rastros mudos
Na canção de um grito aflito
No ventre dos mares profundos
Onde se calam teus reflexos
Devoram -se muitos mundos
Dentro de tuas asas...amplexos
Não há instrumentos que te guiem
Ou uma força motriz que te arraste
Poderosas mãos te desenham e sorriem
Por onde te escondes sem que te afastes
Em terra os olhares te seguem por um fio
Nas águas uma profusão de ondas te saúdam
Quebra das regras de um bravio
na coragem dos que lutam
Matar ou morrer pelo que se crê
Só para os sábios isso é viver
A luta que o ignóbil não vê
Traga-lhe a vida a doer...