NO ADEJAR DAS NUVENS

Criando figuras à medida que voam,

nuvens vaporosas, tufos esvoaçantes

que nos surpreendem enquanto povoam

os nossos olhos cansados de viajantes...

De onde e para onde esses serões?...

Que rumos eles tecem ou alimentam

como se fossem as misteriosas visões

que os ventos diminuem ou aumentam?...

E é no ADEJAR DAS NUVENS que vemos,

é justamente aí que compreendemos

o quanto é ínfimo o nosso universo...

O coração nega, porém, a alma sabe

que tudo o que somos é o que cabe

na linha final de um simples verso!!...

Marinhante
Enviado por Marinhante em 06/11/2006
Código do texto: T283437