NO ADEJAR DAS NUVENS
Criando figuras à medida que voam,
nuvens vaporosas, tufos esvoaçantes
que nos surpreendem enquanto povoam
os nossos olhos cansados de viajantes...
De onde e para onde esses serões?...
Que rumos eles tecem ou alimentam
como se fossem as misteriosas visões
que os ventos diminuem ou aumentam?...
E é no ADEJAR DAS NUVENS que vemos,
é justamente aí que compreendemos
o quanto é ínfimo o nosso universo...
O coração nega, porém, a alma sabe
que tudo o que somos é o que cabe
na linha final de um simples verso!!...