Em tua ausência
Eu abro a porta deste meu coração
que só sabe esperar tua chegada...
é outono, é inverno, é primavera, é verão...
é dia e noite, é noite e dia... e nada...
Como se viajasse na vasta amplidão
por onde a tua ausência jaz, calada,
eu fico arquitetando o sonho, a ilusão,
olhando, triste, a porta escancarada...
Não tem graça perder a tua graça...
perco o jeito ao perder o teu jeito
e o que era história, hoje é fumaça...
Fumaça de tudo que foi dito e feito,
angústia sufocante que me abraça,
saudade louca que me dói no peito...