Em tua ausência

Eu abro a porta deste meu coração

que só sabe esperar tua chegada...

é outono, é inverno, é primavera, é verão...

é dia e noite, é noite e dia... e nada...

Como se viajasse na vasta amplidão

por onde a tua ausência jaz, calada,

eu fico arquitetando o sonho, a ilusão,

olhando, triste, a porta escancarada...

Não tem graça perder a tua graça...

perco o jeito ao perder o teu jeito

e o que era história, hoje é fumaça...

Fumaça de tudo que foi dito e feito,

angústia sufocante que me abraça,

saudade louca que me dói no peito...

Marinhante
Enviado por Marinhante em 07/11/2006
Código do texto: T284364