SOLIDÃO DE TUDO

O dia pardo pousa

sobre as coisas;

tudo embuçado

à procura de luz.

Um barco no aclive

da manhã

desliza moroso

pelo lombo do tempo.

O mar, a praia,

beijos, beijos...

Solidão de tudo

na manhã cinzenta.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 30/06/2005
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