Tarde demais
Entalado na garganta o nome
Pelo qual não te chamei
O choro que tive que conter
Ser forte...eu optei
Tu, sombra que some
Optou por morrer
Entre os seios me abandonou
Sugando deles o amor
Agarrada as saias
Que altiva me ensinou
Da vida o verdadeiro sabor
Num tempo onde as vaias
Eram o gozo da razão
E te fostes, homem sem rosto
Navegar noutros mares
Morar em outro coração
E eu parida no desgosto
Cresci cheia de pesares
Do meu lado um vazio
Que nada, nunca preencheu
Como esse beijo frio
Que só a ti pertenceu...