Visão

Minha visão da morte

É a visão do sono

E o sono estar sempre...

Para o despertar

Logo, não há saída

A não ser seguir em frente

Sigo caindo, levantando... Não consigo desistir!

Meu coração desfalece

E meu objetivo parece tão distante

E ponho-me a pensar

O quanto ainda consigo andar...

Conto apenas com o acalento do sono

Deixo-me guiar pela certeza

De não poder parar a ampulheta do tempo

Deixo-me esvair como a areia...

Até o criador do universo

Reter minha continuidade

Enfado, tristeza... Desmotivo

Mas nunca o parar

Pés sangrando, chagas espalhadas pelo corpo

Nua, desprovida de defesas

Tendo só a poeira da estrada a me cobri..

Incansável busca pelo bálsamo libertador da paixão

Nua, desprovida de defesas...

Troco o pó, pelo diáfano tecido da fé

Tênue fé,

Que me reveste a alma cansada

Minha visão da morte

é a visão do sono

E o sempre desperto do sono

Para a realidade da vida.

Observadora
Enviado por Observadora em 31/05/2011
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