Alfa e Ômega

Nasceste.

Tinhas então a pureza dos prados medievos,

O equilíbrio da Lua que pende sem quedar,

a vitalidade do Colosso,

a riqueza faraônica em tuas mãos cerradas.

Teu nome, envolto em brumas,

Pairava no sereno espaço,

E qual criança sorri ao ver-te.

Teus mistérios eram Caixa de Pandora,

Arca da aliança, árcade lembrança

De encantos sutis, de campos infindos,

Da flor que brotou em teus cabelos.

Sorria, e te beijava a alma,

e juro - era feliz.

E bebia sôfrego da tua fonte,

Onde jamais tive sede de ter sede.

Onde aprendi a ser gente.

Onde aprendi a morrer aos poucos.

Thiago Salinas
Enviado por Thiago Salinas em 02/07/2005
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