Milésimo Errante

Centésima noite, milésimo errante

Vapores etéreos me elevam ao carma

E ao peso vaporoso da culpa sangrante

Do alto, resta me proteger com parma

Maldição? Delírio? Doença?

O que me cabe agora é recompensa

De dinheiro, de quem me sacia

Quiçá de quem me cause empatia

Não sou perfeito, bem sei

Mas o errado em mim é bem notável

O mal que deixei é inefável

É feio, é tudo o que sei.