POEMA PARA NÃO ESQUECER

Venho pouco

meus lábios de vime,

a solidão na face,

o que se possa doer.

Venho longo

e minha sombra

sobre as folhas gretadas

de azul e mármore.

Venho, assim,

nesta nau grotesca;

singra a quilha o corpo gris...

venho escanchado no lombo do poema.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/07/2005
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