Enigma

Escrevo em papel toalha.

O que importa? Nada!

É só poesia...

deixo digitais na linha desse novo amanhecer.

Conheço tão pouco do ser, não sei se sou, mas vou

Entre pontos e vírgulas tentando decifrar o enigma viver.

O QUE QUER DIZER?

Decifra você que já organizou o armário, as gavetas,

Que lutou, que amou, que sofreu...

Decifra o meu eu,

Me ensina a doutrina,

Faça o resgate.

O encaixe não funciona...

Onde anda o átomo perfeito?

Onde foram os que partiram?

Ôh...Saudade de não sei o que...

Medo de lembrar, de amar, de ter que esquecer.

Fome não saciada.

Quem conduz os passos na estrada da vida com coerência?

Olho a rocha a frente e as ondas que a golpeiam.

Queria ser rocha, ou só um grão de areia,

Sem sentir,

sem pensar,

sem amar.

E o mar que não descansa vai e vem e desafia...

Esse nada é minha âncora.

A gaivota dá espetáculo....

dos meus tentáculos saem versos.

Me movo sem direção...

Ando assim sem coração...

sem aprender a canção do mar...

sem entender a canção de amar.

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Interação do querido poeta SBR , obrigada querido, seja sempre bem vindo!

Nesta vida só anda à deriva quem ama

Solidão é chama que tortura a alma

Inflama o coração e mais nada

Só quem ama feito eu sabe o significado

Desesperado da angústia

Que degusta o pensamento

E em nenhum momento Sai de meu quarto

Olha, solidão,Queres que eu deixe de amar

Eu sou poeta e meu destino

Desde menino é sonhar

Eu sou poeta, brasileiro

Sou forte, não conto com a sorte

Pode crer: eu vou ganhar.

SBR 01/08/2011

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 28/07/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3124096