***RECOMEÇO***
como desacostumar do rotineiro
e ter asas para alçar vôos
se nada é tão íntimo
natural ou habitual
do que a vida em partilha
mesmo sem ser compartilhada...
é um modo mal acostumado
de viver acompanhado
tracejado no início
desfeito no percurso
por descuido, pouco caso
incompatibilidade e desvio...
no desencontro do destino
traçam-se rumos paralelos
por mais que vontade haja
do encontro com a transversalidade
mas do pouco que fomos, ainda somos
só o todo se flagelou em partes...
camuflamos a verdade
interrompemos a festa
e agora, o que nos sonda
é o estranho, que é mistério
ou o cômodo e doméstico
na tentativa do recomeço...
Nikitita...a poetinha de Niterói