***RECOMEÇO***

como desacostumar do rotineiro

e ter asas para alçar vôos

se nada é tão íntimo

natural ou habitual

do que a vida em partilha

mesmo sem ser compartilhada...

é um modo mal acostumado

de viver acompanhado

tracejado no início

desfeito no percurso

por descuido, pouco caso

incompatibilidade e desvio...

no desencontro do destino

traçam-se rumos paralelos

por mais que vontade haja

do encontro com a transversalidade

mas do pouco que fomos, ainda somos

só o todo se flagelou em partes...

camuflamos a verdade

interrompemos a festa

e agora, o que nos sonda

é o estranho, que é mistério

ou o cômodo e doméstico

na tentativa do recomeço...

Nikitita...a poetinha de Niterói

Angela Oliveira
Enviado por Angela Oliveira em 13/12/2006
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