***CÂNDIDA***
abocanha a noite
como há muito não fazia
serena a contar estrelas
com sonhos de prata
escorrega na Via Látea...
sentada na lua
ou solta em declive
à mercê das órbitas
purpurina o pensamento
quase sem juízo...
menina escondida
na mulher madura
brinca de esconde-esconde
nos giros e meio-giros
da vida que passa corrida...
lá vai ela saltando
no asfalto de brilhantes
singular, ingênua e pura
na alquimia da madrugada
que aguarda o alvorecer...
Nikitita... a poetinha de Niterói