A Caverna

Na caverna não nos víamos,

Mas nos ouvíamos. O pensamento mais sútil era captado

E a presença confirmada.

Multidão de idéias e sonhos

Rondavam a memória

Mais esquecida.

Éramos invisíveis,

Mas perceptíveis.

Ali viveríamos um tempo,

Até que viéssemos à luz

E voltássemos a viver de novo

No Universo visível

Dos mortais.

Nagib Anderáos Neto