Medo da morte

As minhas mãos lisas

Um dia serão ásperas

Brancas que hoje são

Um dia serão esverdeadas

As veias que se escondem hoje

Saltarão à pele, envergadas

A minha imagem no espelho

Será bem diferente

Assim, com o passar do tempo,

Lidarei com isso muito bem

A minha pessoa será a mesma,

Porém modificada

Entendo da vida e da idade que passa

Das coisas que me disseram

E daquelas que descobri sozinha

Um dia meu cabelo será cinza,

Para no outro ser branco

Então pensarei num tudo

De uma maneira tão diferente

Entenderei o presente com mais precisão

Porque o futuro não poderá ir muito adiante

e o passado pode ter empoeirado muito.

Quem sabe então entenderei muito melhor

Daquilo tudo que hoje me angustia

O ímpeto da mente jovem

E a tranquilidade da velhice.

Sentarei, eu, já entardecida

E não terei medo da morte

Muito menos medo da vida.

Laís Mussarra
Enviado por Laís Mussarra em 01/10/2011
Código do texto: T3251513
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