ONTEM E HOJE

ONTEM E HOJE

Ontem,

Da janela do apartamento

Quis fazer um poema à lua

Que, distante, clareava o mar

Formando uma trilha alvinha,

Mas, só uma nesga de mar...

Pequeno clarão para o meu anseio...

Mas, com o presente concedido,

Ontem eu estava contente...

Ver o mar me foi permitido

Da janela do meu apartamento,

Atrás de frondosas árvores,

Entre muitas casas escondido.

Hoje,

Na janela do apartamento, triste fiquei.

Angústia de não ter com quem dividir

As emoções da minha alegria de ontem.

Por amar tanto o que estava tão além,

Escondido da euforia de vozes, música,

Festival de luzes e cores próximos a mim.

Pergunto à lua porque ela não reaparece...

Mas a lua de amores se escondeu, por fim.

A sua noite passou... Eu fiquei aqui.

Dalva da Trindade S. Oliveira

09.09.2011