Vivo

Digo que és vivo,

Mortos somos nós,

Que imaginamos, imaginamos.

Em seu casulo inquieto,

Dormindo ou não, digo que és vivo.

Sopro que imita, que cria,

Que se nutri de vida...

Semente fecunda,

Agasalhada com a divina essência,

O existir e todos os motivos...

Dorme, dorme, enquanto és vida que dorme.

Por que amanha,

A vibração do dia que irrompe,

Sem conhecer as pessoas que dependem que ele brote.

Este dia que cedo aurora,

Construindo os sonhos de agora,

Mata-me de medo... Rasga-me de pavor.

Forte de outrora, o peito da coragem,

E as horas que vão custar a passarem.