Reflexão pela Fé

Sem presteza, não há proeza embutida

Em poucas palavras aventadas ao vento

Morre no cume exímio, o temor de outrora

(rasga e aflora a paz na aurora).

Sem tristeza (insana que seja) não há vinho

Envelhecem dunas como rastros de notas

Espera-se um mundo em contato com o sonho

(deste nó estranho, porém risonho).

Sem riqueza não se dá rés proeza

Não se opera entre rios e dramas

Tem-se o lado da fraqueza, obscura fé

(manto enternece, bemol em ré).

Sem destreza não se rejeita nada

Ouve-se o dormir macio do mar

Em dias nos quais, normalmente, estaríamos a só

(e ali repousaria oblongo dó).

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 04/01/2007
Reeditado em 10/10/2007
Código do texto: T336330
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