AUSENTE
Ausente
Basta de chorar a falta minha.
Tem importância não,
mas nada, nada mesmo.
Na laje fria dorme o que está morto.
Tudo é escolha e má sorte,
a boa é dada aos moços,
os bons moços que se conformam com fratura exposta,
desemprego, perdas, limites ou
“seja lá o que Deus quiser.”
Livrai-nos do que resta,
haverá sempre escolhas
para coisas cheias e novas
e não há gesto que não responda a outro,
nem rostos que não bocejem fadigas.