Morada nos confins do Universo

Quero minha morada nos confins do Universo

Onde as palavras flutuam e se mexem vertiginosamente

E o poeta, em linguagem de signos, decifra o segredo do silêncio.

Lá o velho ator sem palco nem platéia, traz no peito antigas ilusões

De clown que sonha alegrar crianças, sem tropeçar no silêncio da rua.

Já não importa os restos de solidão, esquece a dor e marcas do rosto

Deixadas pelo tempo, deseja ser andarilho do vento atravessar o além.

Não vou invadir o céu, vencer distâncias e correntes de estrelas.

Quero o convite do Amor Eterno para provar do paraíso,

Caminhar junto a milhões de sóis em plena expansão.

Quero vencer todas as metáforas e transpor o ritmo dos astros

Para seguir livre além, muito além, da Via-Láctea.

Parece delírio e inocência mas quero morada nos confins do Universo.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 11/12/2011
Reeditado em 11/12/2011
Código do texto: T3382571
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