Lacraram as portas (e a felicidade)
Ninguém sabia por onde entrar na casa grande.
Portas em todos os quadrantes,
o norte a repetir-se ao sul
leste oeste.
Claridades ofuscantes
ainda teimam entrar pelas frestas das tábuas
que lacram o que fora portas e janelas
da velha casa perdida em calendário.
Às vezes penso que a felicidade trancou-se lá dentro
ou é refém em papel de inventário.
A grande casa,
hoje pertence a todos e a ninguém.