Enlevo

Pudesse caminhar na direção oposta

Onde não mais me acompanhasses

Nem visse teu rosto refletido

No espelho em que me fito

Tem minha saudade sentido único

Aquele que sempre me leva para ti

Não há resgate para os meus olhos

Impresso na minha retina

O fio de seda do teu toque

A tecer o sussurro da nostalgia

A lembrança do jamais vivido

À espera talvez do que nunca virá

O que sobrevive de uma possibilidade?

E mesmo assim, traga-me o sonho

O peito estendido, tolo enlevo

E o meu coração a mirar-se no abismo

Onde minha mão salta em busca da tua

Fernanda Guimarães

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Fernanda Guimarães
Enviado por Fernanda Guimarães em 04/02/2005
Reeditado em 25/08/2008
Código do texto: T3437