TUA CRISE

Minhas contas me mataram; fali!

Meu namorado me abandonou; quase morri!

Passei a não mais gostar de mim; m´infelicitei!

Não mais vejo quem gosta de mim; m´infernizei!

Perdi todo o meu encantamento; que tormento!

Nem mais a paixão mexe comigo; como lamento!

E o aluguel? Cruel! Puro fel! Arghhh! Maldito senhorio!

E a escola e a farmácia? Não! Não é falácia!

É real! É o mal!

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E depois você vem e me diz do meu encantamento!

Que, dentro a mim, ele não se foi, nem se vai;

ainda eu queira!

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Mas, ainda penso: aceito ou não o seu canto?

Divido o meu pranto? Você só fala de poesia;

eu, do meu triste dia-a-dia!

E pode ser assim? Hummm!... quem sabe eu aprendo

(de novo) da minha beleza, da minha leveza e,

por que não? - da minha pureza?

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Você insiste! Desista! Não desiste?!

Eu penso! E – oh!... – que foi? Que viu em mim?

Um sorriso?!

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[Eu]: sim! É o meu sorriso refletindo em você!

CLAUDIO BAHIA, 07/12/2006 – 14:57h

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