LUA DE MEL

Eu te convido a que nos inunde de todo,

todo o mel que te verta nesta lua;

que mais que de doce pretendo de ti, de tu'alma,

em vestes de vestal, em rito de mulher calma,

da paz de que se enfeita u'a mulher nua

Eu te convido ao encontro mais que ao embate;

à fusão mais que ao encontro; eu te convido ao néctar

do canto de ser metamorfoseado em sonho, diluído no pranto

e melodia de lua do mais inebriante mel de mulher nua

Eu te convido à fé nos corpos, na pele e pelos,

nos peitos, no tudo e no mais que tivermos para,

como cristais, tilintar nossas emoções, entorpecermo-nos

de vida, de prazer e cantos em nossos corações

Eu te convido à alegria e ao medo desse momento,

o prudente, o rosto de compromisso, a promessa

a canção, a poesia, cantor e orquestra

do teu e do meu bolero de quermesse,

da prima, da vera, nossa tão desejada festa

CLAUDIO BAHIA, o1/07/1998 - 23,06 hs

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