Sonho em demasia?

Rosy Beltrão

Também já ouvi essa conversa... que sonho demais.

Minha mãe até dizia que eu sempre estava no mundo da lua, que não ia consertar o mundo e que tudo era muito real e não o que eu podia criar, imaginar ou almejar... Era impossível!

Discordei a vida inteira dessa premissa e apesar de não ir tanto à missa... Fé é o que não me falta, então, sonhos...

Ah! Tenho-os em alta conta, no meu dia a dia, na minha poesia, no meu desenhar mares, céu, lua e amores. Se não sonhei hoje, fico a me lembrar do sonho dourado de ontem, da luz de prata e do verde das montanhas, o céu rosa-azulado no fim de tarde e o mar a bater calmamente na areia, num vai e vem contínuo... e a imaginação voa e posso ver anjos nas nuvens a voar, olhar seus formatos e simplesmente sonhar, com os olhos abertos e o tento, atento!

Além dos sonhos lúdicos, fico também com os sonhos pudicos, com os eróticos, com os inocentes, os indecentes... não me importa, sonho! Sonho todos os sonhos inimagináveis e faço deles minha meta, meu desejar, minha ambição. Seja ela real ou imaginária a fé que move minh'alma precisa, necessita veementemente de sonhos para sobreviver.

13/05/2004 - 11:16 h

Rosy Beltrão
Enviado por Rosy Beltrão em 30/11/2004
Código do texto: T345