ESPERANÇA

Jóias, talvez. Não lhes falta nenhuma cor.

Nenhuma. E nisso, lembram um jardim.

Ou o arco-íris.

(Carlos de Oliveira, Finisterra, p. 152)

ESPERANÇA

Um mês inteiro de nuvens e de lágrimas

escorrendo entre os montes,

um mês inteiro de purgação – merecida.

Apenas alguns resquícios do brilho solar e do seu calor

– prenúncio da terra esperada.

Mas uma hora, ainda que tarde, o sol vem para ficar.

Ele vai iluminar todo esse vale,

onde brotarão flores vistosas,

e vai aquecer as águas profundas da minha alma

– meu oceano.

Paraty-RJ, 12 de dezembro de 2009.