Do meu interesse nas nuvens
Pela passagem, pelo rio que fazem do vento,
Pela lenda da minha memória,
Vêm as nuvens falar-me do tempo.
Do que se passa, do que falta do que foi.
Preso no calendário, na metereologia do sonho,
Na navegação da água,
Vou como as nuvens vendo,
Não só debaixo a Terra, acima também os deuses.
As estrelas começam nas nuvens, as copas das árvores iniciam-se…
Fabricam-se as estórias como barcos de tempo.
Cá em baixo outrora no futuro
Como a maçã, prego o sussurro.