Do meu interesse nas nuvens

Pela passagem, pelo rio que fazem do vento,

Pela lenda da minha memória,

Vêm as nuvens falar-me do tempo.

Do que se passa, do que falta do que foi.

Preso no calendário, na metereologia do sonho,

Na navegação da água,

Vou como as nuvens vendo,

Não só debaixo a Terra, acima também os deuses.

As estrelas começam nas nuvens, as copas das árvores iniciam-se…

Fabricam-se as estórias como barcos de tempo.

Cá em baixo outrora no futuro

Como a maçã, prego o sussurro.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 17/01/2007
Reeditado em 17/01/2007
Código do texto: T350316