É NO SILÊNCIO QUE ME ENCONTRO
É no silêncio que me encontro
Além do espelho ao luar
Refletindo palavras e gestos
De um devaneio a sonhar
É no silêncio que navego
No sorriso faceiro de uma criança
Babando ternura no meu papel
Branco em busca da lembrança
É no silêncio que anseio
As horas secretas da tua boca
Jorrando seiva suave na minha
E nos meus versos uma resposta
É no silêncio que me refaço
Transfiguro em ti esse amanhecer
E em todo lugar e momento há
No fim um recomeço para viver
É no silêncio que sou
É no silêncio que sei
© Jean-Pierre Barakat, 05.09.2004