ESCURO

Os dias de pouca luz

Desequilibram as plantas:

Doenças tantas...

As Andorinhas não voam

Com toda a graça que têm.

O convite,

Feito de migalhas de pão,

Até umedecem no chão

E os Pardais não vem,

Não passa o Sanhaço,

Ninguém te viu,

Nem te ouviu,

Bem-Te-Vi...

Os dias de pouca luz

Desequilibram os homens

Que se deprimem

E se oprimem, como sempre...

Os dias de pouca luz

Escondem as Estrelas

E as suas nuvens finas,

Feito neblinas,

Escondem o outro Cometa...

Os dias de pouca luz são assim,

Tristes, tristonhos:

Medonhos.

Já quebraram os pescoços

E a insanidade não pára...

Nos dias de pouca luz

Passa Cometa e ninguém vê,

As nuvens cinzentas, da cor do Chumbo,

Encobrem as estrelas

E eu espero o quê?

Os dias de pouca luz são assim,

Pesados que só,

Manto de Chumbo,

Sobre o Cavaleiro

Na estrada feita de pó...

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 20/01/2007
Reeditado em 20/03/2018
Código do texto: T353700
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