ESCURO
Os dias de pouca luz
Desequilibram as plantas:
Doenças tantas...
As Andorinhas não voam
Com toda a graça que têm.
O convite,
Feito de migalhas de pão,
Até umedecem no chão
E os Pardais não vem,
Não passa o Sanhaço,
Ninguém te viu,
Nem te ouviu,
Bem-Te-Vi...
Os dias de pouca luz
Desequilibram os homens
Que se deprimem
E se oprimem, como sempre...
Os dias de pouca luz
Escondem as Estrelas
E as suas nuvens finas,
Feito neblinas,
Escondem o outro Cometa...
Os dias de pouca luz são assim,
Tristes, tristonhos:
Medonhos.
Já quebraram os pescoços
E a insanidade não pára...
Nos dias de pouca luz
Passa Cometa e ninguém vê,
As nuvens cinzentas, da cor do Chumbo,
Encobrem as estrelas
E eu espero o quê?
Os dias de pouca luz são assim,
Pesados que só,
Manto de Chumbo,
Sobre o Cavaleiro
Na estrada feita de pó...