DESILUSÃO E ESPERANÇA

Quanto tenho pensado em ti!

Estás sempre presente em meu ser

Procuro algo para assim não ser

E apartar-me de uma vez de ti.

Mas não adianta. Marcaste minha vida,

Não sou o que pensas na resposta que me deste.

Sei que fui vil, na forma de chamar tua atenção.

Quis provocar uma reação de tua parte

O “vai tarde” na maneira que falaste

Apunhalou-me de vez no coração.

Mas não adianta. Marcaste minha vida,

Não sou o que pensas na resposta que me deste.

“é só em sexo que pensas, pois sim”.

Como incontestável argumento afirmaste

Tu bens conheces, que diante a ti não foi assim.

Pois sabes bem que apenas me cativaste.

Por cativar-me, tu marcaste minha vida,

Não sou o que pensas na resposta que me deste.

Quanto tempo passamos em nosso reencontro?

Apenas como namorantes apaixonados?

Resgatando algo perdido no passado.

Até o dia do nosso íntimo encontro?

Mais uma razão de que marcaste minha vida

Não sendo o que pensas na resposta que me deste.

Quanto mais tempo poderíamos juntos ter passado

Sem pensar na hora...

Esquecer o espaço

Compartilhar naquele tempo o seu agora.

Fui britânico, como um soldado na caserna,

Pensava apenas no falso tempo que a mim me dava.

Hoje, depois de ter passado algum tempo.

Fiz naquele tempo tanta conta.

Agora vejo que perdi por fazer conta

Viver lindos momentos sem espaço e sem tempo.

Mesmo sabendo conscientemente.

Que tempo e espaço são criação da mente.

Como foi belo aquele tempo que vivemos,

Que de nós baniu em parte a tristeza

Mostrando-nos o fragor da natureza,

Em seus estrondos de momentos amenos.

Sei que não fui o que esperavas que eu fosse

Pois, pra viver-te intensamente, imaturo estava.

Quem sabe isto destruiu tão belo encanto.

Em mim não encontraste o esperado,

O príncipe que sonhavas encantado

Tornou-se a ti nada mais que um desencanto.

Apenas não entendo tanta ira

Como resultante deste desencanto.

Sei que Ártemis metaforicamente “matei”

Pensando que com isto em minh´agonia

O meu amor por ti desapareceria

Grande engano, foi a mim que eu matei.

Enganei-me com Édipo e Jocasta, o amor Edipiano não morreu.

Quem morreu foi Laio, pai de Édipo e Esposo de Jocasta.

Canais de comunicação pouco a pouco cortados,

E-mails de repente impedidos,

Telefonemas sem respostas emudecidos,

Desencontros quando encontros solicitados.

Em mim o amor se transformava em ódio

Ou ódio de um amor que a mim era contido?

Não sei! Será que agora tudo está perdido?

Apaguei tudo, todos (que sabes) acontecimentos.

Pois nada vale mais que os tormentos,

Que me perseguem neste interdito.

.

“Vai tarde”. “é só em sexo que pensas, pois sim”.

Tenho certeza, sabes bem, não é assim.

Minha amizade por ti, está acima do amor carnal.

Tem muito mais elevo pela nossa história

E nossa história não é uma “estória”

Grafia modernamente empregada, muito mal.

Quanta tolice cometi todo este tempo

Gerando ira em quem não merecia.

Talvez reste em mim uma esperança incontida:

Reflete, analisa quem conheces

Esquece tudo. Absolve-me, concede

Alegrar-me a vida como a melhor amiga.

22.01.2007

Tadeu Costa
Enviado por Tadeu Costa em 22/01/2007
Reeditado em 28/01/2007
Código do texto: T355625
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