Poema cruzado de ternura



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       Provocação e conclusão: Edson Gonçalves Ferreira
                   



               Réplica: Dhiogo Caetano



Provocação 1:

O poeta que há em mim é atrevido
Tão atrevido que abre caminhos como se fosse Deus
Sim, porque Ele é a Beleza das belezas
E, assim, refletindo Nele, o meu eu-poeta se diviniza
Pronto para consagrar nossa humanidade
Essa que Ele assumiu até morrer na Cruz
Antes, contudo, consagrou a palavra
E, nas montanhas, cativou a todos
A exemplo Dele, o meu eu-poeta quer se perpetuar
Usando a palavra como flor.




O poeta Edson G. Ferreira ao lado da estátua de Fernando Pessoa em Lisboa

Réplica 1:


O poeta é um artista, um artista senhor
O poeta é senhor das palavras...

Tem o dom de retirar a noção de tempo e do espaço do leitor
Promovendo uma viagem através do barco de palavras
Leva todos os leitores a um mundo fantástico das emoções

Sim, este é dom dos poetas:
Emocionar com versos e prosas
Arrancar da alma do ser mais insensível lágrimas, sorrisos,  
                                                              suspiros e saudades...

Ser poeta é exalar um perfume marcante e sem tempo
O senhor das letras leva a mensagem 
Poesia é a mais pura arte
Realidade descrita  com magia, ternura e compaixão.



 
Provocação 2:

Sim, o poeta é mais que um fingidor
Embora Pessoa tenha razão
Ele, o poeta, sente todas as dores
E os que o leem embora sintam, não assumem
O que torna a leitura do poema atravessada
A vida precisa ser cruzada de ternura
Um poema é a explosão de um amor
Eternizado na palavra-flor.



Réplica 2:


Sim, o poeta é um apaixonado pela vida.
E nos fragmentos de um todo,
Descreve a emoção dos sentimentos.
É um  sabedor de almas

Um encantador de palavras

Ser poeta é declarar e eternizar o amor/paixão
Levando o leitor para um caminho clarividente.
Semeando a paz pela paz
Eternizando o finito existir. 


 
Conclusão:

É assim que o poeta cruza
A ponte longa da vida
Seduzindo quem o lê
Em nome Dele
Aquele que criou a beleza do mundo
Essa que o poeta procura fixar
Na pureza da folha ou da tela
Como estivesse escrevendo com seu sangue
Ele, pouco a pouco, se esvai
E morre, um pouco, em cada verso
Depois de escritos, os versos dizem adeus
E poeta exaurido clama pelo amor à vida, à humanidade e a Deus.

Divinópolis, 26.03.2012








 
edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 26/03/2012
Reeditado em 29/03/2012
Código do texto: T3576857
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