Musa Inspiradora
Por que pedir perdão ou mesmo negar a presunção
De se sentir a musa do poeta, sem pedir permissão?
Mesmo não desejando, você entra no seu poema.
Dos dedos do poeta que impunha a caneta como batuta,
Fluem poemas como belas partituras, ainda que mudas,
Mas que saem, como de um piano, e voam pelo etéreo.
Para um amor ilimitado, as palavras tornam-se melodias,
Às vezes simples, às vezes elegantes, mas sempre sentidas,
E partem vestidas de mil amores, sugeridas pela silente musa.
Sim elas, as musas, provocam o mistério de encantar corações,
Sem contradições impostas por ninguém, em diálogo mudo com o poeta.
Mesmo unidos ou separados ao mesmo tempo, não há contradições.
Ainda que nada possa ser real e o impossível não possa acontecer,
O poeta luta para transformar aquilo que parece mentira ou ilusão,
Na maravilha do milagre de continuar trazendo sua musa no coração.