Musa Inspiradora

Por que pedir perdão ou mesmo negar a presunção

De se sentir a musa do poeta, sem pedir permissão?

Mesmo não desejando, você entra no seu poema.

Dos dedos do poeta que impunha a caneta como batuta,

Fluem poemas como belas partituras, ainda que mudas,

Mas que saem, como de um piano, e voam pelo etéreo.

Para um amor ilimitado, as palavras tornam-se melodias,

Às vezes simples, às vezes elegantes, mas sempre sentidas,

E partem vestidas de mil amores, sugeridas pela silente musa.

Sim elas, as musas, provocam o mistério de encantar corações,

Sem contradições impostas por ninguém, em diálogo mudo com o poeta.

Mesmo unidos ou separados ao mesmo tempo, não há contradições.

Ainda que nada possa ser real e o impossível não possa acontecer,

O poeta luta para transformar aquilo que parece mentira ou ilusão,

Na maravilha do milagre de continuar trazendo sua musa no coração.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 16/04/2012
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T3616109
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