Boçalidade
A boçalidade grita no metrô
Assenta-se às mesas redondas
Discurssa no plenário das nações
No congresso e em público
A boçalidade passeia nas bocas
Nos gestos, ora nos templos e mesquitas
Mostra os dentes e sorri um sorriso idiota
Tem coração de plástico, mãos de ferro
E pés de barro
A boçalidade mora ao lado
Dorme em palácios e favelas
Quase sempre chega ao poder
Porque tem olhos de candura
Tem mente suicida
É homicida e cúmplice
A boçalidade é enterrada com honra
Ou morre como uma bomba
Na estação do metrô
...nas torres gêmeas...
(pelos atentados em Londres)