Boçalidade

A boçalidade grita no metrô

Assenta-se às mesas redondas

Discurssa no plenário das nações

No congresso e em público

A boçalidade passeia nas bocas

Nos gestos, ora nos templos e mesquitas

Mostra os dentes e sorri um sorriso idiota

Tem coração de plástico, mãos de ferro

E pés de barro

A boçalidade mora ao lado

Dorme em palácios e favelas

Quase sempre chega ao poder

Porque tem olhos de candura

Tem mente suicida

É homicida e cúmplice

A boçalidade é enterrada com honra

Ou morre como uma bomba

Na estação do metrô

...nas torres gêmeas...

(pelos atentados em Londres)

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 21/07/2005
Código do texto: T36345
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