casa

Que se diga das casas,

Como se escreve dos ninhos.

Que se aqueçam os corações em manteiga,

Para que se fale de abrigos,

Dos lares como de casacos de lã,

De cobertores de pés, de afectos e de amigos.

Aprenderei outra vez a soletrar carinho.

Farei poemas na lareira e um presépio no cantinho.

Quero a minha casa mesmo só comigo,

Onde os anjos já partidos me farão um verbo sonoro

Do meu futuro,

Numa estrada pela minha casa em direcção a tudo.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 05/02/2007
Código do texto: T370664