Romaria

Um pé de sonho,

ré de moinho,

deixou saudade

fervida de orvalho

do dia em que

brotaram flores

nas calçadas,

arranhando o céu

descerrando

a cortina, em cena

e da boca velada,

um riso Sem pressa,

morno de compressas

quebrou a geleira

em braços de abraços

tatuados do tempo

e em romaria

ficou o rastro,

o lastro, prova-viva,

sempre-viva

do desencontro visível

feneceu o querer...

Cláudia Gonçalves e Gustavo Schramm

Cláudia Gonçalves
Enviado por Cláudia Gonçalves em 10/02/2007
Reeditado em 11/02/2007
Código do texto: T377002