Romaria
Um pé de sonho,
ré de moinho,
deixou saudade
fervida de orvalho
do dia em que
brotaram flores
nas calçadas,
arranhando o céu
descerrando
a cortina, em cena
e da boca velada,
um riso Sem pressa,
morno de compressas
quebrou a geleira
em braços de abraços
tatuados do tempo
e em romaria
ficou o rastro,
o lastro, prova-viva,
sempre-viva
do desencontro visível
feneceu o querer...
Cláudia Gonçalves e Gustavo Schramm