Alguma Travessura

Entre nossas quatro paredes,

Uma vela inibe o escuro,

Duas sombras; sentindo o perfume azul.

As respirações sincronizadas,

Com os movimentos de nossos corpos;

Entrelaçados, íntimos, livres...

Nossas mãos são cúmplices.

Nossos beijos magnetizados.

Minha barba arranha teu pescoço,

Tua língua brinca entre minhas pernas,

As vozes conversam sussurradas.

Chovendo forte no telhado aparente,

A sensualidade escorre no suor,

Sozinhos, completos, multiplicados...

A pele acariciada pelos olhos,

Com um carinho treloso e brincante;

Teus seios sugam minha boca.

Mordendo libidinosamente tuas coxas,

Mergulho no centro do teu colo

E exploro-te, duplicando tua umidade.

Sonoros gemidos são permitidos,

Nada mais importa no mundo inteiro,

Senão esse momento entorpecedor.

O prazer intensificado a cada toque,

Até o instante incontrolável dos orgasmos.

Então permaneceremos deitados e sonhadores;

Assim se faz nosso amor carnal.

Felipe Melo
Enviado por Felipe Melo em 09/02/2005
Código do texto: T3781