Você

Você é aquela que imagino existir,

Que vagueia durante o descanso noturno.

Aquela que já se desnudou da armadura de aço,

Lentamente, peça por peça, num sutil strip tease.

Caminhou nas trilhas do sonho, afastando pesadelos,

Surgindo como amazona de porte esguio, pescoço gracioso,

Seios pequenos, bem delineados e pernas bem torneadas,

Cabelos quase dourados, caídos sobre ombros de pele acetinada,

Aproximando-se, lentamente, com um sorriso totalmente aberto.

Em silêncio total – como em filme mudo – sem nenhuma palavra.

Nunca desvendando de onde vinha ou nem mesmo para onde ia.

Não ousaria sondar - temo descobrir residires em uma distante estrela.

Mesmo na mudez de palavras ainda posso sentir seu hálito perfumado.

Não esqueço o verde olhar fitando-me em juras de emoções profundas.

Desejo ir além de sentir simplesmente o amor fluir de um para o outro,

Anseio que a distância entre nós possa se reduzir e até desaparecer.

O desejo e os sonhos proporcionam a realidade de nos fundirmos,

A tal ponto de que nenhum de nós dois possa existir isoladamente.

Sei que nossos caminhos ainda se cruzarão, quando marcarmos,

Pois minha alma vagueia no passado em busca de você, que lá ficou.

Desejo a sua presença para viver o presente com garantia do futuro.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 23/07/2012
Código do texto: T3793219
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