DESABAFANDO COMIGO!

É chegada a hora.

Valorizemos o que somos.

Vejamos que tipo de indivíduos estamos nos permitindo ser.

Situemo-nos como um todo e não apenas como metades.

Arrumemos uma maneira de organizar melhor os nossos sentimentos para continuarmos vivendo e, mesmo nos sentindo puramente como cacos, vamos sobreviver e viver, ainda, felizes.

Não pensemos em ser egoístas, no momento, mas se não estamos conseguindo pensar em mais ninguém além de nós, que nos perdoem os desentendidos e os desavisados!... se estamos no regime de guerra contra nós... precisamos nos salvar!

Apuremos o que tem sido nossas vidas e se estamos tristes com as fagulhas que nos fizeram sobreviver até então!

E se a tristeza for fato, permitamo-nos sofrer o último pedaço de nós, pois, no momento, devemos nos impor mudança de rumo... se precisarmos mudar, mudemos!

Se caminhamos arrastando nossas almas e os nossos pesados corpos porque nossas asas não nos permitem voar, sigamos lentamente. O cenário será outro quando nos libertarmos desta dor.

Ouvimos muitas blasfêmias que nos fazem sentir verdadeiros lixos humanos, pois a grande maioria das pessoas não quer ouvir os nossos motivos e, tampouco, entender as nossas dificuldades, sobre o nosso tempo de isolamento... mas as faltas (em qualquer nível) sempre passam e já passaram!

Vivamos do agora, o ontem já ficou!

Permeemos entre as trincheiras da vida numa inenarrável luta, mas olhemos para o céu todos os dias crendo que um dia melhor virá, mas não exponhamos ninguém e não lamuriemos sobre as nossas dores para que as migalhas de quase tudo nas nossas vidas possam suprir os nossos dias!

Peçamos desculpas por não termos conseguido suprir as demandas do nosso próximo e por estarmos sendo egoístas (neste momento), mas precisamos, pelo menos uma vez, pensar em nós mesmos.

Se não conseguimos ver muita luz agora... adaptemos nossos olhos à escuridão, pois nestes momentos até o sol nos assusta.

Vamos tateando um lugar e outro, mesmo com os nossos corpos doridos pelos tantos tropeços e com as nossas almas estando como um tanto de peças de quebra-cabeças, mas não nos importemos se na sua montagem elas ficarem com as marcas indeléveis da vida.

Se não podemos afirmar nada por não termos certeza nem de nós!... não podemos nos destemperar quando no momento a falta é fato.

Não pode haver conclusão que indique que somos o problema, pois as figurações do ter não podem mascarar a nossa essência frente às exigências de indivíduos que priorizam as suas zonas de conforto e do estar.

Prezemos as nossas vidas e cultivemos os nossos jardins com substratos elementares para que não restemos destruídos.

Não queiramos e não nos permitamos concorrer com aquilo que não nos dá alegria e evolução.

Gostemos de substâncias e de elementos essenciais, principalmente aqueles que o mundo não poderá roubar.

Sigamos com fé, pois Ele é e sempre será a nossa única certeza e, mais do que nunca, confiemos que Ele nos dá ombros fortes para os pesados fardos.... e que tudo que nos ocorre possa terminar e que os farelos possam se transformar em grandes cestas e ceias!

Assim, o processo dos nossos corações será muito pouco frente aos nossos outros dramas e somente assim não teremos tanto tempo para pensarmos em perdas!

A roda gigante da vida continua e é contínua, então, oremos para não ser necessário passarmos por tantas adversidades, mas lembremo-nos que Ele nos tira quando não conseguimos caminhar felizes com os seus empréstimos.

Não há amor quando ele não significa e fica à mercê de outros valores que não são afetos ao que podemos doar!

O amor é. Não aceita desculpas, culpas, mas nos oferece uma nova oportunidade de crescimento todas as manhãs quando abrimos os nossos olhos para a vida.

©Balsa Melo

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 24/07/2012
Código do texto: T3794859
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