CAMINHOS DA EVOLUÇÃO
Os macacos modernos e estrangeiros
Trepam no Cristo Redentor,
Mas, esquecem de devolver
O ouro das Américas
Para que elas não devorem suas árvores
Como eles devoraram tudo até agora
Para parecerem ricos.
Os macacos modernos e estrangeiros
São hipócritas, os nacionais,
Ingênuos:
Os predadores levaram de caravelas,
Depois de navios
E agora por satélites
Levam os créditos e as usuras
Pela miséria que nos legaram
Ao saquearem a nossa América
E juram que o juro é legal
Para o Banco Mundial:
Macacos hipócritas, ainda não terminaram
O vosso banquete canibal.
Macacos nacionais, meus ingênuos irmãos
Colonizados,
Vossa consciência é míope
E tupiniquim de inocência:
Não percebem que o que é arte e cultura
Do outro lado do mar
É o testemunho da nossa tragédia
E que são eles que aquecem os oceanos
Por causa da sua voracidade brutal
Que chamam de economia?
Temem agora fritarem
No calor do seu óleo queimado...
Não percebem que os irmãos do Grande Norte
Foi a própria morte em fuga
Que atravessou o oceano e devastou os Americanos e
São agora o retrato do mal que nos assola?
Devoraram a Primeira América
E têm medo
Dos que devoraram a Europa.
Sabem que o calor que os aflige
É o calor da pira do sacrifício
Ao seu deus economia,
Mas jogam com o peso da sua moeda
Uma aposta de sobrevivência.
Macacos estrangeiros,
Que sobem o Corcovado,
Devolvam a nossa riqueza
Para que o Mundo respire aliviado
Do fedor do vosso óleo queimado.
Macaco estrangeiro,
Que criou dinheiro com a riqueza da América,
Chega de juros sobre o que era nosso,
Macaco injusto,
Macaco banqueiro:
Fim da linha da evolução,
Planeta em ebulição!