CAMINHOS DA EVOLUÇÃO

Os macacos modernos e estrangeiros

Trepam no Cristo Redentor,

Mas, esquecem de devolver

O ouro das Américas

Para que elas não devorem suas árvores

Como eles devoraram tudo até agora

Para parecerem ricos.

Os macacos modernos e estrangeiros

São hipócritas, os nacionais,

Ingênuos:

Os predadores levaram de caravelas,

Depois de navios

E agora por satélites

Levam os créditos e as usuras

Pela miséria que nos legaram

Ao saquearem a nossa América

E juram que o juro é legal

Para o Banco Mundial:

Macacos hipócritas, ainda não terminaram

O vosso banquete canibal.

Macacos nacionais, meus ingênuos irmãos

Colonizados,

Vossa consciência é míope

E tupiniquim de inocência:

Não percebem que o que é arte e cultura

Do outro lado do mar

É o testemunho da nossa tragédia

E que são eles que aquecem os oceanos

Por causa da sua voracidade brutal

Que chamam de economia?

Temem agora fritarem

No calor do seu óleo queimado...

Não percebem que os irmãos do Grande Norte

Foi a própria morte em fuga

Que atravessou o oceano e devastou os Americanos e

São agora o retrato do mal que nos assola?

Devoraram a Primeira América

E têm medo

Dos que devoraram a Europa.

Sabem que o calor que os aflige

É o calor da pira do sacrifício

Ao seu deus economia,

Mas jogam com o peso da sua moeda

Uma aposta de sobrevivência.

Macacos estrangeiros,

Que sobem o Corcovado,

Devolvam a nossa riqueza

Para que o Mundo respire aliviado

Do fedor do vosso óleo queimado.

Macaco estrangeiro,

Que criou dinheiro com a riqueza da América,

Chega de juros sobre o que era nosso,

Macaco injusto,

Macaco banqueiro:

Fim da linha da evolução,

Planeta em ebulição!

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 19/02/2007
Código do texto: T386093
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.