Voltei à janela

Voltei à janela,

Do largo, as pombas

Do sussurro a luz.

Aquele vento, aquele diz,

O momento.

Todos os dias há esse tempo, a temperatura do teu corpo,

A bondade dos teus dedos,

Todos os dias me arranho nos braços,

Do que me falta do que nunca fiz.

Esse vento, naquela janela, para deitar os olhos

Cá dentro,

Talvez para sempre feliz

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 19/02/2007
Código do texto: T386181