Amargura

Eu sou o cinza

Fico entre o preto e o branco

Sou o choro de um trompete no silêncio do arranha-céu

Sou a nota mais aguda

Aquela que faz seus ouvidos doerem

Sou ruído que racha em cem cacos cinco cálices de cristal

Sou um vulcão das Filipinas

Congelando tudo no triste zero absoluto

Sou o fundo da fenda esperando suas vítimas, o infinito escondido no nulo

Vermelho
Enviado por Vermelho em 29/07/2005
Código do texto: T38691